domingo, 29 de novembro de 2009

Discurso de Formatura


SEMINÁRIO TEOLÓGICO RHEMA

DISCURSO DE FORMATURA 27/10/2009

Orador: Marcio da Silva

É com muita alegria que nos reunimos nesta noite para festejar a tão sonhada conquista de nossa formatura. Num cenário social onde a globalização econômica, a introdução acelerada de novas tecnologias passam a exigir aprendizagens imprescindíveis para o desenvolvimento e a melhoria da vida da população, hoje marcada por elevados níveis de “pobreza espiritual”, verifica-se que poucos são contemplados com a possibilidade de ingressar e estudar em um Seminário Teológico de qualidade. Nesse sentido somos privilegiados e vitoriosos, pois conseguimos superar os desafios que nos foram impostos durante nossa trajetória, permeada por inúmeros obstáculos, que foram ultrapassados, com a ajuda de nossos mestres. Diante disso, agradecemos a Deus pela vida de cada um que de alguma maneira nos ajudou a chegar neste momento.
Se eu tivesse que definir este momento com uma só palavra definiria como “Constancia”. Porque Constancia? No decorrer desta caminhada, conhecemos várias pessoas que ingressaram neste Seminário, mas que por algum motivo não deram continuidade. Nossa turma da manhã não é tão grande, mas, com certeza nessa turma existe uma forte comunhão e principalmente, uma constância no que diz respeito ao comprometimento com a Palavra. É como me disse certa vez uma de nossas colegas: “Existem pessoas que lutam por algum tempo, são boas pessoas, existem pessoas que lutam por muito tempo, são ótimas pessoas, mas, existem pessoas que lutam por toda uma vida, estas são imprescindíveis”. É assim que vejo a turma da manhã do Seminário Teológico Rhema. Lembrem-se sempre: A aptidão para o ofício sagrado vai além da sabedoria humana. Portanto continuem na busca, pois é impossível a alegria do encontro sem o esforço da busca!
Agradeço a Deus por nos proporcionar momentos maravilhosos, momentos que nos fizeram refletir, crescer e jamais desistir de buscar cada dia mais o entendimento dentro da Palavra.
“Ora, o Senhor encaminhe os vossos corações no amor de Deus e na constância de Cristo”. (2 Ts 3:5)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Convite


Formandos 2009

Os Formandos do Curso de Bacharel em Teologia do Seminário Teológico Rhema, convidam você e sua família para participarem do culto de Formatura de Márcio da Silva e demais formandos, a realizar-se no dia 27 de novembro, sexta feira, às 19:30 horas, à rua Sebastião Moreira, 136 – Tirol – Belo Horizonte.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

QUEM É JESUS?



Para o cego, é a luz.
Para o faminto, é o pão.
Para o sedento, é a fonte de água viva.
Para o morto, é a vida.
Para o enfermo, é a cura.
Para o prisioneiro, é a liberdade.
Para o solitário, é o companheiro.
Para o viajante, é o caminho.
Para o sábio, é a sabedoria.
Para a medicina, é o médico dos médicos.
Para o réu, é o advogado.
Para o advogado, é o Juiz.
Para o Juiz, é a justiça.
Para o cansado, é o alívio.
Para o pedreiro, é a pedra principal.
Para o jardineiro, é a rosa de Sharon.
Para o triste, é a alegria.
Para o leitor, é a palavra.
Para o pobre, é o tesouro.
Para o devedor, é o perdão.
Para mim Ele é TUDO!!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Culto de Louvor e Adoração

Com a participação de vários grupos de louvor.
Presença confirmada:
Grupo de Louvor da Igreja Batista Águia - Betim - MG
Grupo de Louvor da Com. Evangélica Jesus é Vida - Belo Horiz. - MG
Grupo de Louvor da Ig. do Evangelho Quadrangular - Betim - MG
Irmão José Cordeiro - Igreja Batista Shekinah - São Paulo - SP

Dis 07 de Setembro à partir das 18:00 hs

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Vídeo - Missão Batista Jd. Nazareno - MG

http://www.youtube.com/watch?v=2fxAtn-Rakw

Vídeo - Minha família

http://www.youtube.com/watch?v=kbi99IHfm9M

A Igreja em Antioquia e Missões Por John R. W. Stott

Em Atos 13 o horizonte de Lucas se alarga pois o nome de Jesus seria massivamente testemunhado além da Judéia e Samaria. A partir de Antioquia chegaria aos confins da terra. Os dois diáconos evangelistas prepararam o caminho. Estevão através de seu ensino e martírio, Filipe através de sua evangelização ousada junto aos samaritanos e ao etíope. O mesmo efeito tiveram as duas principais conversões relatadas por Lucas, a de Saulo, que também fora comissionado a ser o apóstolo dos gentios, e a de Cornélio, através do apóstolo Pedro. Evangelistas anônimos também pregaram o evangelho aos "helenistas" em Antioquia. Mas sempre a ação esteve limitada à Palestina e à Síria. Ninguém tinha tido a visão de levar as boas novas às nações além mar, apesar de Chipre ter sido mencionada em Atos 11:19. Agora, finalmente, vai ser dado esse passo significativo.
A população cosmopolita de Antioquia se refletia nos membros de sua igreja e até mesmo em sua liderança, que consistia em cinco profetas e mestres que moravam na cidade. Lucas não explica a diferença entre esses ministérios, nem se todos os cinco exerciam ambos os ministérios ou se os primeiros três eram profetas e os últimos dois mestres. Ele só nos dá os seus nomes. O primeiro era Barnabé, que foi descrito com "um levita, natural de Chipre" (Atos 4:36). O segundo era Simeão que tinha o sobrenome de Níger, que significa Negro, provavelmente um africano e supostamente ninguém menos que Simão Cireneu, que carregou a cruz para Jesus. O terceiro era Lúcio de Cirene e alguns conjecturam que Lucas se referia a si mesmo o que é muito improvável já que ele preserva seu anonimato em todo o livro. Havia também Manaém, em grego chamado o "syntrophos" de Herodes o tetrarca, isto é, de Herodes Antipas, filho de Herodes o Grande. A palavra pode significar que Manaém foi "criado" com ele de forma geral ou mais especificamente que era seu irmão de leite. O quinto líder era Saulo. Estes cinco homens simbolizavam a diversidade étnica e cultural de Antioquia e da própria igreja.
Foi quando eles estavam "sevindo ao Senhor, e jejuando" que o Espírito Santo lhes disse: "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (At.13:2). Algumas perguntas precisam ser respondidas.

A quem o Espírito Santo revelou a sua vontade? Quem eram "eles", as pessoas que estavam jejuando e orando?
Parece-me improvável que devamos restringi-los ao pequeno grupo dos cinco líderes, pois isso implicaria em três deles serem instruídos acerca dos outros dois. É mais provável que se referia aos membros da igreja como um todo já que eles e os líderes são mencionados juntos no versículo 1 de Atos 13. Também em Atos 14:26-27, quando Paulo e Barnabé retornam eles prestam conta a toda a igreja por terem sido comissionados por ela. Possivelmente Paulo e Barnabé já possuíam anterior convicção do chamado de Deus e esta verdade foi aqui revelada para toda a igreja.

Qual o conteúdo da revelação do Espírito Santo à Igreja em Antioquia?Foi algo muito vago e possivelmente nos ensina que devemos nos contentar com as instruções de Deus para o dia de hoje. A instrução do Espírito Santo foi "separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado", muito semelhante ao chamado de Abrão: "vai para a terra que te mostrarei". Na verdade em ambos os casos o chamado era claro mas a terra e o país não.
Precisamos observar também que tanto Abrão como Saulo e Barnabé precisariam, para obedecerem a Deus, darem um passo de fé.

Como foi revelado o chamado de Deus?
Não sabemos. O mais provável é que Deus tenha falado à igreja através de um de seus profetas. Mas seu chamado também poderia ter sido interno e não externo, ou seja, através do testemunho do Espírito em seus corações e mentes. Independente de como o receberam, a primeira reação deles foi a de orar e jejuar, em parte, ao que parece, para testar o chamado de Deus e em parte para interceder pelos dois que seriam enviados. Notamos que o jejum não é mencionado isoladamente. Ele é ligado ao culto e à oração, pois raras vezes, ou nunca, o jejum é um fim em si mesmo. O jejum é uma ação negativa em relação a uma função positiva. Então jejuando e orando, ou seja, prontos para a obediência, "impondo sobre eles as mãos os despediram".
Isto não era uma ordenação ao ministério muito menos uma nomeação para o apostolado já que Paulo insiste que seu apostolado não era da parte de homens, mas sim uma despedida, comissionando-os para o serviço missionário.
Quem comissionou os missionários?
De acordo com Atos 13:4 Barnabé e Saulo foram enviados pelo Espírito Santo que anteriormente havia instruído a igreja no sentido de separá-los para ele. Mas de acordo com o versículo seguinte foi a igreja que, após a imposição de mãos, os despediu. É verdade que o último verbo pode ser entendido como "deixou-os ir", livrando-os de suas responsabilidades de ensino na igreja, pois às vezes Lucas usa o verbo "adulou" no sentido de soltar. Mas ele também o usa no sentido de dispensar. Portanto creio que seria certo dizer que o Espírito os enviou instruindo a igreja a fazê-lo e que a igreja os enviou, por ter recebido instruções do Espírito.
Esse equilíbrio é sadio e evita ambos os extremos. O primeiro é a tendência para o individualismo pelo qual uma pessoa alega direção pessoal e direta do Espírito sem nenhuma referência à igreja. O segundo é a tendência para o institucionalismo, pelo qual todas as decisões são tomadas pela igreja sem nenhuma referência ao Espírito.
Conclusão
Não há indícios para crermos que Saulo e Barnabé eram voluntários para o trabalho missionário. Eles foram enviados pelo Espírito através da igreja. Portanto cabe a toda igreja local, e em especial aos seus líderes, ser sensível ao Espírito Santo, a fim de descobrir a quem ele está concedendo dons ou chamado.
Chamado missionário não é um ato voluntário, é uma obediência à visão do Senhor.Assim precisamos evitar o pecado da omissão ao deixarmos de enviar ao campo aqueles irmãos com clara convicção de que foram chamados por Deus, bem como a precipitação de o fazermos com outros que possuem os dons para tal, mas sem confirmação do Espírito à igreja.
O equilíbrio é ouvir o Espírito, obedecê-lo e fazer da igreja local um ponto de partida para os confins da terra.

John R. W. Stott é conhecido pregador e estudioso da Palavra. Pastoreou por vários anos a Igreja de All Souls em Londres. É diretor do London Institute for Contemporary Christianity e autor de diversos livros como "A mensagem do sermão do Monte", "A mensagem de Efésios" e "Crer é também Pensar".

domingo, 26 de julho de 2009

QUASE

Há muitas coisas na vida das quais se pode dizer que quando estão QUASE feitas não estão feitas de modo algum. Um VIAJANTE chega ao cais QUASE à hora – quer dizer que não chegou a tempo de apanhar o barco. Um JOVEM QUASE PASSOU num exame – quer dizer que não passou. Pergunte ao público que sai de um concerto o que pensa de um ARTISTA que cantou QUASE BEM: eles responderão sem exitar: Ele canta completamente mal. Um GENERAL que QUASE GANHOU uma batalha – perdeu-a; um JOGADOR que QUASE GANHOU uma partida de cartas – perdeu-a.
QUASE é a confissão da derrota – com a esperança da vitória conservada até ao fim. Quando se trata das circunstâncias ordinárias da vida, o mal é muitas vezes reparável: o viajante atrasado pode tomar o barco seguinte; uma voz desagradável pode melhorar e tornar-se encantadora; o general e o jogador infelizes podem esperar que a sorte mude. Mas há ocasiões em que o QUASE é irreparável. É que – nas questões de vida ou morte – não há QUASE: há só duas categorias – os que ficam vivos e os que ficam mortos; após um naufrágio, um BARCO SALVA-VIDAS vem em socorro dos infelizes que perecem; chega QUASE a tempo – portanto, não salva ninguém. Um CIRURGIÃO faz uma operação perigosa; no dia seguinte anuncia-se o falecimento do operado. A intervenção cirúrgica QUASE TEVE ÊXITO, isto é: falhou totalmente.
Em 5 de Setembro de 1870, onze pessoas saíam de Chamonix para escalar o Monte Branco. No dia seguinte, depois de terem deixado o cume, foram envolvidas por turbilhões de neve e perderam o caminho. Extraviadas e rodeadas de glaciares, cegas pelo temporal, transidas de frio, ilhadas por causa de gigantescas fendas no gelo, em vão procuravam reencontrar o caminho. Chegou a noite. Vencidas pela fadiga e pelo frio, refugiaram-se numa caverna de neve, onde morreram uma após outra. Alguns dias mais tarde, encontraram-se os cadáveres, e ao mesmo tempo constatou-se que se os alpinistas tivessem andado MAIS CINCO PASSOS, TERIAM REENCONTRADO O SEU CAMINHO.
Estar TÃO PERTO DA SALVAÇÃO e não o saber... estar TÃO PERTO DA VIDA e MORRER... não lhes faltava QUASE NADA para atingirem o bom caminho, e, contudo, este QUASE NADA era tudo.
Pode ser que não vos falte QUASE NADA para serdes salvos – QUASE NADA para serdes filhos de Deus. Mas este QUASE NADA é o intervalo entre vós e a salvação: é a diferença que há entre o DESEJO de ser salvo e o FATO de o ser, entre as BOAS DISPOSIÇÕES e a ACEITAÇÃO da salvação – são os “cinco passos” que têm sempre separado as “onze vítimas” do seu “caminho”; este QUASE NADA é a ponte que é preciso atravessar para atingir a vida.
Ora esta ponte chama-lhe Deus novo nascimento. Há somente uma maneira de entrar no reino de Deus: é nascer nele. "Se alguém não anscer de novo, não pode ver o reino de DEus"(João 3:3). Enquanto não tiverdes experimentado este “novo nascimento”, estareis talvez muito perto da salvação, mas de certo ainda estareis QUASE salvos.
O que vos falta não são bons desejos, mas sim uma vida; não esforços, mas sim um Salvador; a "salvação não vem de vós, é dom de Deus", nem de vossos hábitos religiosos (obras) mas "é pela Graça" (Ef 2:8-9).
Deus a dá por Jesus Cristo, porque nos ama (Jo 3:16).
"Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está no seu Filho"(1Jo 5:11)
"Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3:36)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

EVANGELHO SEGUNDO JOÃO E SUAS CARTAS

Introdução

Este trabalho tem por objetivo, apresentar uma reflexão sobre o Evangelho segundo João e suas cartas. Como João apresenta a Jesus Cristo através de seu Evangelho e suas cartas.
Também se destina a trazer uma breve explicação sobre o livro de Hebreus.
Sobre seu possível autor e como mesmo retrata a Jesus Cristo.
Entendendo que tanto o Evangelho de João e suas cartas, quanto a carta aos Hebreus, todos são bem complexos. Tentaremos através deste fazer o máximo para trazer melhores informações e explicações referentes a eles.
Tendo sempre como objetivo um maior esclarecimento quanto a escrita e estrutura, dos livros e cartas aqui mencionados.
Que o Senhor através de Seu Espírito Santo nos direcione neste estudo.
O Evangelho de João

Segundo o Dr. Russell P. Shedd, o quarto evangelho em parte alguma dá claramente o nome de seu escritor, pouca dúvida existe de que João, “o discípulo amado”, foi o seu autor. Somente uma testemunha ocular dentre o círculo mais íntimo dos seguidores do Senhor (cf 12.16; 13.29) poderia fornecer os detalhes íntimos que aparecem no livro. Outrossim, o relato especial e alguma vezes indireto da participação de João parece confirmar igualmente a sua autoria (1.37-40; 19.26; 20.2,4,8; 21.20,23,24). O fragmento de uma antiga cópia, que data do início do segundo século, indica que o original, naturalmente, é mais antigo ainda e pertencente ao período da vida de João. Os eruditos conservadores, situam-no depois da escrita dos outros evangelhos, ou seja, algum tempo entre 69 d. C. (antes da queda de Jerusalém) e 90 d. C.

Segundo o comentarista da Bíblia Genebra, o autor deste Evangelho foi, provavelmente, um judeu. Ele (o autor), exibe um profundo conhecimento dos costumes, festas e crenças judaicas. Seu conhecimento geográfico detalhado sugere que era natural da Palestina e parece que foi uma testemunha ocular de muitos acontecimentos registrados no seu Evangelho (19.35).
Embora a obra não registre o nome do autor, contém alguns indícios a respeito da autoria. Este é o único Evangelho que se refere a um dos apóstolos com a expressão “a quem Jesus amava” (13.23) em lugar de seu nome. Esse discípulo é aquele identificado como a testemunha ocular que “ dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu” (21.24). Além do mais, qualquer leitor cuidadoso observaria que João, filho de Zebedeu, um dos mais destacados discípulos, não é mencionado pelo nome no Evangelho. É difícil explicar essa omissão, a não ser que se admita que o Evangelho foi escrito por João e que ele evitou identificar-se.
Jesus Cristo O Filho de Deus

O quarto Evangelho declara francamente o propósito de livro: “...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais...Este, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.30,31).
Desde o prólogo 1.1- 18 com seu grande clímax: “...e vimos a sua glória...” (v 14), até à confissão final de Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” (20.28), o leitor é constantemente impelido a prostrar-se de joelhos em adoração. Jesus Cristo aparece como mais que um mero homem; de fato, mais do que um sinples enviado sobrenatural ou representante da Divindade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Os Hebreus, esperando pelo seu Messias vindouro, entretanto (1.19-26), necessitavam de prova sobre a reivindicação de Jesus de ser o prometido Messias do Antigo Testamento.
João apresenta essas provas. Milagres e discursos selecionados dentre apenas vinte dias dos três anos de ministério público de Jesus validam dramaticamente Sua posição de Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou ações revelam não apenas o Seu poder, mas igualmente atestam a Sua glória como o divino possuidor da graça redentora. Jesus é o grande “Eu Sou”, a única esperança de uma raça em tudo mais destituída de liderança. Água transformada em vinho, comerciantes e animais para sacrifícios expulsos do templo; o filho do nobre curado à distância; o paralítico curado no sábado; as multiplicações de pães; Jesus a andar sobre a superfície da água; a vinda restaurada ao cego de nascença; Lázaro chamado de volta de entre os mortos: todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o que Ele faz.
Jesus Cristo O Salvador

Progressivamente, João o retrata como a fonte da nova vida, a água da vida, e o pão da vida. Até os Seus próprios inimigos recuam e caem perante o “Eu Sou”, que se entregava voluntariamente ao sofrimento da cruz (18.5,6).
Procurando salvar o homem do pecado e da condenação, e restaurá-lo à comunhão divina e à santidade. O Logos eterno fez deste mundo Sua habitação temporária (1.14). Através de Sua graça, homens caídos se tornaram qualificados para habitar em Deus (14.20) e, finalmente, para entrarem nas mansões eternas (14.2,3). Em sua própria pessoa, Jesus cumpre os significados das profecias e das festividades do Antigo Testamento. Triunfa, finalmente, até mesmo sobre a morte e a sepultura, e deixa aos seus seguidores um notável legado para dar prosseguimento à missão misericordiosa, sem igual na história.
Estendendo-se de eternidade, o quarto evangelho liga o destino tanto de judeus como dos gentios, como parte da criação inteira, à ressurreição do encarnado e crucificado Logos.
Cartas de João

Segundo o Dr. Russell P. Shedd em seu comentário na Bíblia Shedd, a primeira epístola de João foi escrita para uma comunidade cristã que se defrontava com a heresia gnóstica do primeiro século. João procurou encorajar os seus membros a viverem uma espécie de vida coerente com a comunhão com Deus e Seu Cristo. A epístola aborda temas vitais tais como a justiça, o amor e o conhecimento certo. O autor não considera esses temas meramente como exigências éticas, mas como realidades espirituais baseadas na revelação cristã de Deus e Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Por conseguinte, a doutrina está nas raízes do livro, e os estudiosos são tentados a pensar, às vezes, que se trata de uma exposição doutrinária da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Se tivermos de seguir a mente do escritor, entretanto, precisamos evitar essa tentação, visto que ele está preocupado, primeiramente, com a qualidade da vida cristã de seus leitores.
Já a segunda epístola de João, foi escrita a fim de advertir certa mulher crente contra a comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da epístola são: amor, verdade e obediência, que parcialmente incluem e parcialmente suplementam umas às outras. A obediência sem o amor é servil; o amor sem a obediência é irreal; e nenhuma dessas qualidades pode florecer fora do terreno da verdade. A epístola foi dirigida a certa “senhora eleita”, e esta expressão provavelmente, tem sentido literal, embora muitos intérpretes considerem-na uma forma figurada de se indicar uma igreja. Mas a evidência em favor de tal emprego é fraca, e a razão para seu aparecimento aqui é obscura. A epístola parece ser uma missiva particular dirigida a alguma mulher crente desconhecida de João, provavelmente uma viúva, e foi ocasionada pelo fato de ter encontrado alguns dos filhos dela a quem João encontrou na verdadeira fé de Cristo (cf v 4).
O propósito da terceira carta foi louvar a Gaio, um crente leal e ativo que era proprietário de fortuna considerável, devido à sua hospitalidade cristã ao entreter pregadores cristãos itinerantes e por ajudá-los em sal passagem pela localidade de Gaio, assim participando de sua obra missionária. A epístola também fala de certas perturbações internas daquela igreja que envolviam Gaio e Diótrefes.
Epístola aos Hebreus (Russel P. Shedd)

Como o Dr Russel P. Shedd diz em seu comentário, embora Deus tenha falado aos pais pelos profetas, agora Ele falara pelo Seu Filho. O prólogo afirma o caráter distintivo do Filho. Ele está antes da história, na história, acima da história, é o alvo da história, e o agente que produz a purificação dos pecados dos homens cometidos na história. Ele compartilha da essência da divindade e irradia a glória da divindade. Ele é a suprema revelação de Deus (1.1-3). A passagem seguinte (1.4-14) torna clara a preeminência de Cristo. Ele é superior aos anjos. Eles ajudam àqueles que serão herdeiros da salvação. Cristo em virtude de Quem Ele é, nomeado por Deus, e em virtude do que fizera, está numa posição muito superior à deles. Quão trágico é ser indiferente para com a grande salvação que Ele proclamou. Ele realizará a promessa de que todas as coisas estarão em harmoniosa sujeição, aos homens. Ele pode fazer isso porque é completamente homem e providenciou expiação pelos pecados dos homens. Ele é superior a Moisés. Moisés era um servo entre o povo de Deus. Cristo é Filho sobre o povo de Deus. Quão trágico é deixar de confiar nele! A incredulidade impediu a uma geração inteira de entrar na Terra de Canaã. O autor adverte os crentes para que não caiam na incredulidade. A fé salientada tanto quanto o zelo, para entrar no eterno descanso de Deus. O evangelho de Deus e o próprio Deus sondam os homens.
O sacerdócio de Cristo também é desenvolvido por meio de comparação (4.14-10.18). Qualificações, condições e experiências do sacerdócio araônico são alistadas em comparação com Cristo como um sacerdote. Antes de continuar desenvolvendo esse tema, o escritor adverte os seus leitores sobre uma falta de preparação para um ensinamento avançado. Somente uma diligência zelosa pelas coisas de Deus é que os tirará da imaturidade. Cristo como um sacerdote, semelhante a Melquisedeque, é superior ao sacerdócio levítico porque Sua vida é indestrutível. Ele é ao mesmo tempo sacerdote e a oferta sacrificial; Seu sacerdócio é eterno. Seu santuário está no céu e Seu sangue estabelece a validade do Novo Testamento, que é igualmente um pacto eterno.
A perseverança doa crentes se origina da comunhão com Deus, atividade em favor de Deus, fé em Deus, e consciência do que nos aguarda no futuro (10.19-12.29). A cruz como altar cristão, e a ressurreição do grande pastor, são base da ação de Deus, Esses acontecimentos redentores e históricos impelem o crente à ação (13.1-25).
Epístola aos Hebreus (Comentarista Bíblia Genebra)

O estilo literário elevado de Hebreus e o enfoque especial no sumo sacerdócio de Cristo colocam-no à parte de outros livros do Novo Testamento. Sua contribuição particular à revelação de Jesus Cristo que há no Novo Testamento é a exposição do cumprimento por Jesus Cristo do santuário, sacrifícios e sacerdócios estabelecidos na lei de Moisés.
O autor refere-se à sua obra como uma “palavra de exortação” (13.22). Uma vez que a mesma expressão grega em Atos 13.15 refere-se a um discurso na sinagoga, o termo pode identificar esta “epístola” como um sermão expositivo em forma escrita. A carta aos Hebreus é adequadamente descrita como uma “palavra de exortação”, pois exortação ou encorajamento é o propósito central do livro (3.13; 6.18; 10.25; 12.5). O autor repetidamente chama seus leitores a uma ativa e corajosa resposta (4.11,14,16; 6.1; 10.19-25).
A exortação a preservar na peregrinação da fé é baseada na prova do autor de que o próprio Antigo Testamento testifica a respeito da imperfeição da aliança do Sinai e de seu sistema sacrificial, apontando, desse modo, para um novo sumo sacerdote – Jesus Cristo. Jesus é melhor que os mediadores, santuário e sacrifícios da velha ordem. Ele é digno de “maior glória” que Moisés (3.3). Os argumentos do menor ao maior (em 2.2-3; 9.13-14; 10.28-29; 12.25: “se não...quanto mais”) marcam uma maior graça e glória e uma maior responsabilidade, que agora chegaram na nova aliança mediada por Jesus. Diferente dos aspectos terrenos e externos do santuário do Antigo Testamento, Jesus nos santifica pela verdadeira adoração a Deus, para que nos aproximemos do próprio céu com consciência limpa. Ele é a garantia deste melhor vínculo de aliança porque nos liga inseparavelmente com o Deus da graça.
O Autor da Epístola aos Hebreus (Russel P. Shedd)
Segundo o Dr. Russell P. Shedd, não é dado o nome do autor desta epístola. Desde o primeiro século, a questão de quem escreveu o livro de Hebreus tem provocado muita discussão. As respostas dos primeiros cristãos variavam. Nas praias orientais do Mediterrâneo e ao redor de Alexandria, associava-se o livro com o apóstolo Paulo. Orígenes (185-254 d.C.) sentiu que os pensamentos do livro são de Paulo, mas que a linguagem e a dissertação são de outrem. No Norte da África, Tertuliano (155-255 d.C.) afirmava que Barnabé escreveu o livro aos Hebreus. Embora a epístola tivesse sido conhecida primeiramente em Roma e no Ocidente (1 Clemente, datada em cerca de 95 d.C., cita Hebreus frequentemente), a opinião unânime naquela área, por 200 anos, foi que Paulo não escrevera a epístola aos Hebreus. Aqueles primeiros cristãos não afirmavam coisa alguma sobre quem pensavam haver escrito. Simplesmente não sabiam dizê-lo.
Os crentes da atualidade não deveriam ser dogmáticos sobre uma questão que durante séculos tem sido incerta. Entretanto, os estudantes das Escrituras devem examinar pessoalmente a epístola aos Hebreus. Pois um estudo cuidadoso do texto grego, muito revela sobre o autor. O livro tem um estilo grego polido, como o de um retórico mestre. Isso não se assemelha aos escritos de Paulo. Paulo frequentemente dá início a uma nova corrente de pensamento antes de terminar aquele sobre o qual falava. O escritor da epístola aos Hebreus jamais faz isso. O vocabulário, as figuras de linguagem, e o modo de argumentar mostram uma influência alexandrina e filônica (Filo, 20 a.C. até 50 ou 60 d.C.). Paulo não tinha tal espécie de cultura. O escritor da epístola aos Hebreus cita o Antigo Testamento do modo diferente do de Paulo. As frases de Paulo – “como está escrito” (dezenove vezes), “está escrito” (dez vezes) “a Escritura diz” (seis vezes), “a Escritura proclama o evangelho de antemão” (uma vez) – jamais aparecem na epístola aos Hebreus, embora o escritor cite profundamente o Antigo Testamento.
Mas e não foi Paulo o escritor, quem foi então? Apolo cabe dentro da evidência encontrada no próprio livro. Ele veio de Alexandria. Era homem eloquente e erudito. Era homem poderoso nas Escrituras. Segundo narra as passagens no Novo Testamento: Atos 18.24-28; 19.1; ICoríntios 1.12; 3.4-6,22; Tito 3.13. Talvez nunca tenhamos certeza quanto ao nome do autor, mas se lermos cuidadosamente essa epístola, realmente poderemos conhecê-lo.
O Autor da Epístola aos Hebreus (Comentarista Bíblia Genebra)

O autor dos escritos de Hebreus era perito nos estilos literários grega e helenista, profundo conhecedor do Antigo Testamento (na tradução grega, a Septuaginta), sensível à história da redenção que culminou em Jesus, e pastoralmente interessados pelos leitores originais, que o conheciam pessoalmente (13.22-23) e cujos antecedentes ele conhecia (10.32-34). Como seus leitores chegou à fé não através de um contato direto com Jesus, mas através da pregação dos apóstolos (2.3-4). Além disso, tinha familiaridade com Timóteo (13.23).
Mas a epístola não traz seu nome, deixando um mistério atormentador. Na igreja Oriental, na época de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e de Orígenes (185-253 d.C.), a epístola foi atribuída a Paulo, embora ambos os teólogos reconhecem as diferenças estilísticas entre Hebreus e as cartas paulinas. No Ocidente Tertuliano (155-220d.C.) propôs Barnabé, um levita da dispersão judaica, que era notório por seu encorajamento a outros (Atos 4.36). Outras sugestões sobre o provável autor, nesse mesmo período histórico, eram Lucas e Clemente de Roma (95 d.C.). Do século V ao XVI, a autoria de Paulo era aceita no oriente e no Ocidente. Durante a reforma, Lutero propôs Apolo, um Judeu cristão de Alexandria que era eloquente na pregação e poderoso nas Escrituras (Atos 18.24). Sugestões do período moderno têm sugerido Priscila (exceto cf. 11.32, onde o autor refere-se a si mesmo com um particípio do gênero masculino), Epafras (Colossenses 1.7) e Silas (Atos 15.22,32,40; 1Pedro 5.12). Ainda que seja muito difícil eliminar muitos desses candidatos, é igualmente difícil encorajar um argumento convincente em favor de qualquer um deles. Do ponto de vista da tradição primitiva, Paulo tem maiores chances, mas, como Calvino observou, Hebreus difere de Paulo em estilo, método de ensino e inclusão do autor entre os discípulos dos apóstolos (2.3) – uma declaração estranha à reivindicação característica de Paulo de haver recebido sua nomeação e revelação do evangelho diretamente de Cristo (Gálatas 1.1,11-12). Se o autor não for Paulo (ou alguém como Lucas, cujos outros escritos nós temos), em qualquer caso, conhecer o nome do autor acrescentaria pouco à nossa compreensão da epístola.
Conclusão

Se tratando das considerações do Dr. Russel P. Shedd e do comentarista da bíblia Genebra. Chegamos a conclusão de que as cartas de João e o Evangelho de João foram escritos por ele mesmo.
Agora quanto a epístola aos Hebreus é especulativo tentar discernir quem foi o seu autor, pois existem várias possibilidades e sempre existiram. O mais importante de tudo, é entender que nada muda quanto a essência de seus escritos. E que nosso dever como bons pesquisadores da bíblia, é sempre buscar mais conhecimentos históricos para tentarmos chegar as nossas próprias conclusões. Para isso, temos que nos aprofundar nos escritos originais, pois somente assim poderemos ter maior compreensão.
Lembrando que, independente do “escritor”, cremos que o mesmo foi inspirado pelo Espírito Santo de Deus, e que nada muda a essência de Sua mensagem.
Bibliografia

Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Bíblia Shedd/ editor responsável Russel P. Shedd; traduzida em Português por João Ferreira de Almeida. – 2. Ed. Ver. E atual. No Brasil. – São Paulo: Vida Nova; Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

PACTO DE LAUSANNE



O Pacto de Lausanne foi um grande congresso mundial de evangélicos que ocorreu em 1974 em Lausanne, Suíça, onde foi criado um comitê mundial das igrejas evangélicas.

O Pacto

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimo-nos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.
1. O propósito de Deus
Afirmamos a nossa crença no único Deus eterno, Criador e Senhor do Mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas, para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de que, mesmo transportado em vasos de barro, o evangelho continua sendo um tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.
2. A autoridade e o poder da Bíblia
Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.
3. A unicidade e a universalidade de Cristo
Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.
4. A natureza da evangelização
Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.
5. A responsabilidade social cristã
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.
6. A Igreja e a evangelização
Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.
7. Cooperação na evangelização
Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.
8. Esforço conjugado de Igrejas na evangelização
Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.
9. Urgência da tarefa evangelística
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.
10. Evangelização e cultura
O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.
11. Educação e liderança
Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.
12. Conflito espiritual
Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e postestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

13. Liberdade e perseguição
É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.


14. O poder do Espírito Santo
Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.
15. O retorno de Cristo
Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
Conclusão
Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!
[Lausanne, Suíça, 1974]

Bibliologia



A palavra grega Bíblia, em plural, deriva do grego bíblos ou bíblion que significa "rolo" ou "livro". Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando "livros". No latim medieval, biblìa é usado como uma palavra singular — uma colecção de livros ou "a Bíblia". Foi São Jerônimo, tradutor da Vulgata Latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A quem diga ter sido João Crisóstomos, o primeiro a aplicar o vocábulo bíblia. A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, que são o Cristianismo, o Judaismo e o Islamismo. São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinônimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus". Os livros bíblicos considerados canônicos pelas igrejas cristãs são ao todo 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 livros no Novo Testamento. A Bíblia Católica contém 7 livros a mais no Antigo Testamento do que outras traduções bíblicas usadas pelas religiões cristãs não-católicas e pelo Judaísmo. Esses livros são chamados pela Igreja Católica de deuterocanónicos ou livros do "segundo Cânon". A lista dos livros deuterocanónicos é a seguinte: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (Ben Sira ou Sirácida) e Baruque. Além disso, ela possui alguns trechos a mais em alguns livros protocanônicos (ou livros do "primeiro Cânon") de Ester e Daniel. Outras denominações religiosas consideraram estes livros deuterocanônicos como apócrifos, ou seja, livros ou escritos que carecem de inspiração divina, reconhecendo, porém, o valor histórico dos livros dos Macabeus.
A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.
Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo, com excepção dos livros chamados deuterocanónicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum, além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros do Novo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.
O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros de Samuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a serem escritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do Novo Testamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego "comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.






Pentateuco
Do grego, "os cinco rolos", o pentateuco é composto pelos cinco primeiros livros da Bíblia. Entre os judeus é chamado de Torá, uma palavra da língua hebraica com significado associado ao ensinamento, instrução, ou especialmente Lei, uma referência à primeira secção do Tanakh, os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica, atribuído a Moisés. Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para referir o ensinamento judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange todo o Tanakh, o Mishnah, o Talmud e a literatura midrash. Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá.

Génesis
Primeiro livro da Bíblia. Narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva judaica (o chamado "relato do Génesis"), passando pelos Patriarcas hebreus, até à fixação deste povo no Egipto, depois da história de José. Génesis é o inicio´, é o principio da criação dos ceús, da terra, da humanidades e de tudo quando existe vida, todos os seres. Escrito por Moisés.

Êxodo
O livro conta a história da saída do povo de Israel do Egipto, onde foram escravos durante 400 anos. Narra o nascimento, a vida e o ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo. Mostra o início de um relacionamento entre o povo recém-saído do Egito e Deus através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. É a organização do judaísmo.
Levítico
Basicamente é um livro teocrático, isto é, tem caráter legislativo; apresenta em seu texto o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário religioso entre outras normas e legislações que regulariam a religião.
Números
Este livro é de interesse histórico, pois fornece detalhes acerca da rota dos israelitas no deserto e de seus principais acampamentos. Pode ser dividido em três partes:
O recenseamento do povo no Sinai e os preparativos para retomar a marcha (1-10:10). O capítulo 6 relata o voto de Nazireu.
A história da jornada do Sinai até Moabe, o envio dos espiões e o relato que fizeram, e as murmurações (oito vezes) do povo contra as dificuldades do caminho (10:11-21:20). Os eventos na planície de Moabe, antes da travessia do Jordão (21:21-cap. 36).

Deuteronômio
Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua lei. O título provém do grego e quer dizer: Segunda Lei, ou melhor, Repetição da Lei. Em êxodo, Levítico e Números, as leis foram dadas, conforme a necessidade da ocasião, a um povo acampado no deserto. Em Deuteronômio, essas leis foram repetidas a uma geração que, dentro em breve, moraria nas casas vilas e cidades da terra prometida.

Históricos
Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias - Ester.

Poéticos
- Salmos - Provérbios - Eclesiastes - Cântico dos Cânticos de Salomão.
Proféticos
Profetas Maiores
A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”.Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - Daniel
Profetas Menores
Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tão somente ao tamanho de seus livros. São eles: Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias - Malaquias.


Livros Deuterocanônicos ou Apócrifos
Deuterocanônico refere-se geralmente a alguns livros e partes de livros bíblicos do Antigo Testamento que são utilizados por um grande numero de cristão ao longo da História do Cristianismo, sendo considerados apócrifos no Judaísmo e por sucessores da reforma iniciada por Lutero e Calvino.
O termo "deuterocanônico" é formado pela raiz grega deutero (segundo) e canônico que faz parte do Cânon, isto é do conjunto de livros. Assim, o termo é aplicado a livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram considerados como apócrifos. São estes: Tobias - Judite - I Macabeus - II Macabeus - Baruque - Sabedoria - Eclesiástico - e alguns acréscimos ao texto dos livros: Adições em Ester (Ester 10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Adições em Daniel (Daniel 3:24-90; Cap. 13 e 14).
Os livros apócrifos ou deuterocanônicos foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa, mais conhecida como “Época do silêncio”.
Resistência.
Apesar de sofrer diversas perseguições, a Bíblia tem se mantido sempre em avidência ao longo dos tempos. E esta tem se mantido, pois, ela é a base da incorporação da revelação de divina, e que os registros contidos nela são genuinos, dignos de crédito, canônicos, e sobrenaturalmente inspirados. A sua harmonia, e sua unidade, mesmo tendo sido escrita por diverssos homens inspirados, de épocas e culturas diferentes, nos dá a evidente noção de sua inspiração divina.

A Obra do Espírito Santo



No princípio.

Ativo e presente na criação, movendo-se sobre condições ainda não ordenadas. (Gn 1:2)

No Antigo Testamento.

· A origem de habilidades sobrenaturais. (Gn 41:38)
· O doador de talentos artísticos. (Êx 31:2-5).
· A fonte de poder e força. (Jz 3:9-10)...
· A inspiração da profecia. (1Sm 19:20,23)
· O que equipa os mensageiros de Deus. (Mq 3:8)

Nas profecias do Antigo Testamento.
· A purificação do coração para uma vida santa. (Ez 36:25-29)
Na salvação.
· Regenera o crente. (Tt 3:5)
· Habita no crente. (Rm 8:9-11)
· Santifica o crente. (2Ts 2:13)
No Novo Testamento.
· Declara as verdades sobre Cristo. (Jo 16:13-14)
· Reveste do poder necessário à proclamação do Evangelho. (At 1:8)
· Derrama o amor de Deus nos corações. (Rm 5:5)
· Intercede. (Rm 8:26)
· Concede os dons para o ministério. (1Co 12:4-11)
· Possibilita os frutos necessários a uma vida santa. (Gl 5:22-23)
· Fortalece o ser interior. (Ef 3:16)
Na Palavra escrita.
· Inspirou as Sagradas Escrituras. (2Tm 3:16; 2Pe 1:21)
Pentecoste: A descida do Espírito Santo representa uma nova ação dEle com o povo de Deus. Pois Ele agia de maneira menos expressiva antes. Notem que Apolo (Atos 18:25) era “fervoroso de espírito” mas conhecia somente o batismo de João; Priscila e Áquila instruíram ele (v26) sobre “o caminho de Deus”. Qual é o “caminho de Deus”? (Jo 14:6) “Eu sou o caminho...” Em Pentecostes eles receberam uma nova capacitação, embora fosse a segunda experiência, receberam ali “poder” (At 1:8) para ser testemunhas. O resultado da obra do Espírito Santo em Pentecostes está em (At 2:14) onde Pedro começou a pregar, (v37-41) houve acréscimo de três mil convertidos, finalizando com os (VS 46-47).
Cheio do E.S. : Ser “cheio” não se limita em dom de línguas. Edificar a igreja é a única motivação legitima para exercer os dons (1Co 14:12-13). Notem que Paulo recusava-se empregar o dom de língua (1Co 14:18-19). Jesus “cheio do E.S. (Lc 4:1-13) venceu as investidas de Satanás com a Palavra. Outro resultado foi a pregação poderosa (At 4:31) “todos ficaram cheios, e com intrepidez, anunciavam a Palavra”. Não foi alguns, todos ficaram cheios!
Hoje tem se colocado grupos, os que “tem o Espírito” e os que não têm. Isso gera divisão!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Juntos sempre.

Certa vez um pai deu um castigo ao filho:

- Dormir no sótão.Lá pela meia-noite o pai foi vê-lo e o encontrou com os olhos arregalados.

- Pai, deixe-me ir dormir na minha cama.

- Não, meu filho, você foi rebelde e precisa aprender a arcar com as conseqüências dos seus atos.

- Mas, pai, eu tenho medo de ficar aqui sozinho.

- Então, o papai vem dormir com você.

Obs: Fique sempre junto do seu filho.

"Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho". (Hebreus 12.6)

Julio - Primeiro a ser discipulado.


Julio - Primeiro a ser discipulado.


sexta-feira, 29 de maio de 2009

Thayná, filha duas vezes.


Thayná, filha duas vezes.


Gilberto, filho na fé.


Gilberto, filho na fé.


Clayton, filho na fé.


Clayton , filho na fé.


O Milagre da Amizade



Eles se conheceram quase por acaso, voltando da escola. Toinho deixou seus livros caírem no chão e Zé o ajudou.
Já que suas casas eram próximas, Zé o ajudou a carregar seu material escolar.
Passaram aquela tarde juntos, lendo a bíblia (pois Zé era cristão), vendo televisão, jogando futebol no vídeo game, e por, fim oraram juntos.
Formaram-se no colegial no ano seguinte.
Na noite da formatura, Toinho perguntou a Zé:
- Lembra-se de quando nos conhecemos?
- Sim, respondeu o amigo, você parecia um "nerd" com aquele monte de livros.
- Sabe porque eu estava carregando todos aqueles livros?
- Nem imagino, Toinho.
- Eu tinha limpado meu armário na escola e estava indo para casa tomar um vidro inteiro de um dos calmantes da minha mãe. Eu queria morrer... mas não queira deixar meu armário bagunçado.
- Que loucura, amigo!? Porque isso?
- Minha vida estava uma droga!!! Mas, depois de passarmos aquele dia juntos, lendo a bíblia, orando, conversando e rindo, eu percebi que se eu tivesse me matado, teria perdido aquele momento e tantos outros que estariam por vir, até mesmo minha aternidade com Cristo. Quando você se abaixou para me ajudar a pegar aqueles livros no chão e se tornou meu melhor amigo, evitou que eu fizesse uma besteira. Obrigado!

"Mas há amigo que é mais chegado do que um irmão".
(Provérbios 18.24 )

terça-feira, 26 de maio de 2009

Faça a diferença!

Um homem caminhava pela praia, quando avistou uma criança que se abaixava, pegava alguma coisa na areia e jogava no mar.

Ao aproximar-se, viu que eram estrelas-do-mar que o menino jogava na água. Então, perguntou:

- O quê você está fazendo?- Estou pondo estas estrelas-do-mar de volta na água, senão elas morrem na praia, respondeu o jovenzinho.

- Menino... disse o homem, com ares de sábio, há milhares destas estrelas-do-mar na areia. Não dará tempo de você salvar todas elas e, por fim, não fará nenhuma diferença você salvar meia dúzia.

- Para estas aqui fará muita diferença, respondeu e menino, mostrando sua mão cheia delas. E continuou jogando-as de volta no mar.

Obs: Se você não faz a diferença, então, que diferença você faz?

Campo Jd. Nazareno - Betim - MG


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