quinta-feira, 25 de junho de 2009

EVANGELHO SEGUNDO JOÃO E SUAS CARTAS

Introdução

Este trabalho tem por objetivo, apresentar uma reflexão sobre o Evangelho segundo João e suas cartas. Como João apresenta a Jesus Cristo através de seu Evangelho e suas cartas.
Também se destina a trazer uma breve explicação sobre o livro de Hebreus.
Sobre seu possível autor e como mesmo retrata a Jesus Cristo.
Entendendo que tanto o Evangelho de João e suas cartas, quanto a carta aos Hebreus, todos são bem complexos. Tentaremos através deste fazer o máximo para trazer melhores informações e explicações referentes a eles.
Tendo sempre como objetivo um maior esclarecimento quanto a escrita e estrutura, dos livros e cartas aqui mencionados.
Que o Senhor através de Seu Espírito Santo nos direcione neste estudo.
O Evangelho de João

Segundo o Dr. Russell P. Shedd, o quarto evangelho em parte alguma dá claramente o nome de seu escritor, pouca dúvida existe de que João, “o discípulo amado”, foi o seu autor. Somente uma testemunha ocular dentre o círculo mais íntimo dos seguidores do Senhor (cf 12.16; 13.29) poderia fornecer os detalhes íntimos que aparecem no livro. Outrossim, o relato especial e alguma vezes indireto da participação de João parece confirmar igualmente a sua autoria (1.37-40; 19.26; 20.2,4,8; 21.20,23,24). O fragmento de uma antiga cópia, que data do início do segundo século, indica que o original, naturalmente, é mais antigo ainda e pertencente ao período da vida de João. Os eruditos conservadores, situam-no depois da escrita dos outros evangelhos, ou seja, algum tempo entre 69 d. C. (antes da queda de Jerusalém) e 90 d. C.

Segundo o comentarista da Bíblia Genebra, o autor deste Evangelho foi, provavelmente, um judeu. Ele (o autor), exibe um profundo conhecimento dos costumes, festas e crenças judaicas. Seu conhecimento geográfico detalhado sugere que era natural da Palestina e parece que foi uma testemunha ocular de muitos acontecimentos registrados no seu Evangelho (19.35).
Embora a obra não registre o nome do autor, contém alguns indícios a respeito da autoria. Este é o único Evangelho que se refere a um dos apóstolos com a expressão “a quem Jesus amava” (13.23) em lugar de seu nome. Esse discípulo é aquele identificado como a testemunha ocular que “ dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu” (21.24). Além do mais, qualquer leitor cuidadoso observaria que João, filho de Zebedeu, um dos mais destacados discípulos, não é mencionado pelo nome no Evangelho. É difícil explicar essa omissão, a não ser que se admita que o Evangelho foi escrito por João e que ele evitou identificar-se.
Jesus Cristo O Filho de Deus

O quarto Evangelho declara francamente o propósito de livro: “...fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais...Este, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20.30,31).
Desde o prólogo 1.1- 18 com seu grande clímax: “...e vimos a sua glória...” (v 14), até à confissão final de Tomé: “Senhor meu e Deus meu!” (20.28), o leitor é constantemente impelido a prostrar-se de joelhos em adoração. Jesus Cristo aparece como mais que um mero homem; de fato, mais do que um sinples enviado sobrenatural ou representante da Divindade. Ele é o verdadeiro Deus que veio em carne.
Os Hebreus, esperando pelo seu Messias vindouro, entretanto (1.19-26), necessitavam de prova sobre a reivindicação de Jesus de ser o prometido Messias do Antigo Testamento.
João apresenta essas provas. Milagres e discursos selecionados dentre apenas vinte dias dos três anos de ministério público de Jesus validam dramaticamente Sua posição de Cristo, o Filho de Deus. Oito sinais ou ações revelam não apenas o Seu poder, mas igualmente atestam a Sua glória como o divino possuidor da graça redentora. Jesus é o grande “Eu Sou”, a única esperança de uma raça em tudo mais destituída de liderança. Água transformada em vinho, comerciantes e animais para sacrifícios expulsos do templo; o filho do nobre curado à distância; o paralítico curado no sábado; as multiplicações de pães; Jesus a andar sobre a superfície da água; a vinda restaurada ao cego de nascença; Lázaro chamado de volta de entre os mortos: todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o que Ele faz.
Jesus Cristo O Salvador

Progressivamente, João o retrata como a fonte da nova vida, a água da vida, e o pão da vida. Até os Seus próprios inimigos recuam e caem perante o “Eu Sou”, que se entregava voluntariamente ao sofrimento da cruz (18.5,6).
Procurando salvar o homem do pecado e da condenação, e restaurá-lo à comunhão divina e à santidade. O Logos eterno fez deste mundo Sua habitação temporária (1.14). Através de Sua graça, homens caídos se tornaram qualificados para habitar em Deus (14.20) e, finalmente, para entrarem nas mansões eternas (14.2,3). Em sua própria pessoa, Jesus cumpre os significados das profecias e das festividades do Antigo Testamento. Triunfa, finalmente, até mesmo sobre a morte e a sepultura, e deixa aos seus seguidores um notável legado para dar prosseguimento à missão misericordiosa, sem igual na história.
Estendendo-se de eternidade, o quarto evangelho liga o destino tanto de judeus como dos gentios, como parte da criação inteira, à ressurreição do encarnado e crucificado Logos.
Cartas de João

Segundo o Dr. Russell P. Shedd em seu comentário na Bíblia Shedd, a primeira epístola de João foi escrita para uma comunidade cristã que se defrontava com a heresia gnóstica do primeiro século. João procurou encorajar os seus membros a viverem uma espécie de vida coerente com a comunhão com Deus e Seu Cristo. A epístola aborda temas vitais tais como a justiça, o amor e o conhecimento certo. O autor não considera esses temas meramente como exigências éticas, mas como realidades espirituais baseadas na revelação cristã de Deus e Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Por conseguinte, a doutrina está nas raízes do livro, e os estudiosos são tentados a pensar, às vezes, que se trata de uma exposição doutrinária da realidade da encarnação de Deus em Cristo. Se tivermos de seguir a mente do escritor, entretanto, precisamos evitar essa tentação, visto que ele está preocupado, primeiramente, com a qualidade da vida cristã de seus leitores.
Já a segunda epístola de João, foi escrita a fim de advertir certa mulher crente contra a comunhão indiscriminada com os incrédulos. As idéias principais da epístola são: amor, verdade e obediência, que parcialmente incluem e parcialmente suplementam umas às outras. A obediência sem o amor é servil; o amor sem a obediência é irreal; e nenhuma dessas qualidades pode florecer fora do terreno da verdade. A epístola foi dirigida a certa “senhora eleita”, e esta expressão provavelmente, tem sentido literal, embora muitos intérpretes considerem-na uma forma figurada de se indicar uma igreja. Mas a evidência em favor de tal emprego é fraca, e a razão para seu aparecimento aqui é obscura. A epístola parece ser uma missiva particular dirigida a alguma mulher crente desconhecida de João, provavelmente uma viúva, e foi ocasionada pelo fato de ter encontrado alguns dos filhos dela a quem João encontrou na verdadeira fé de Cristo (cf v 4).
O propósito da terceira carta foi louvar a Gaio, um crente leal e ativo que era proprietário de fortuna considerável, devido à sua hospitalidade cristã ao entreter pregadores cristãos itinerantes e por ajudá-los em sal passagem pela localidade de Gaio, assim participando de sua obra missionária. A epístola também fala de certas perturbações internas daquela igreja que envolviam Gaio e Diótrefes.
Epístola aos Hebreus (Russel P. Shedd)

Como o Dr Russel P. Shedd diz em seu comentário, embora Deus tenha falado aos pais pelos profetas, agora Ele falara pelo Seu Filho. O prólogo afirma o caráter distintivo do Filho. Ele está antes da história, na história, acima da história, é o alvo da história, e o agente que produz a purificação dos pecados dos homens cometidos na história. Ele compartilha da essência da divindade e irradia a glória da divindade. Ele é a suprema revelação de Deus (1.1-3). A passagem seguinte (1.4-14) torna clara a preeminência de Cristo. Ele é superior aos anjos. Eles ajudam àqueles que serão herdeiros da salvação. Cristo em virtude de Quem Ele é, nomeado por Deus, e em virtude do que fizera, está numa posição muito superior à deles. Quão trágico é ser indiferente para com a grande salvação que Ele proclamou. Ele realizará a promessa de que todas as coisas estarão em harmoniosa sujeição, aos homens. Ele pode fazer isso porque é completamente homem e providenciou expiação pelos pecados dos homens. Ele é superior a Moisés. Moisés era um servo entre o povo de Deus. Cristo é Filho sobre o povo de Deus. Quão trágico é deixar de confiar nele! A incredulidade impediu a uma geração inteira de entrar na Terra de Canaã. O autor adverte os crentes para que não caiam na incredulidade. A fé salientada tanto quanto o zelo, para entrar no eterno descanso de Deus. O evangelho de Deus e o próprio Deus sondam os homens.
O sacerdócio de Cristo também é desenvolvido por meio de comparação (4.14-10.18). Qualificações, condições e experiências do sacerdócio araônico são alistadas em comparação com Cristo como um sacerdote. Antes de continuar desenvolvendo esse tema, o escritor adverte os seus leitores sobre uma falta de preparação para um ensinamento avançado. Somente uma diligência zelosa pelas coisas de Deus é que os tirará da imaturidade. Cristo como um sacerdote, semelhante a Melquisedeque, é superior ao sacerdócio levítico porque Sua vida é indestrutível. Ele é ao mesmo tempo sacerdote e a oferta sacrificial; Seu sacerdócio é eterno. Seu santuário está no céu e Seu sangue estabelece a validade do Novo Testamento, que é igualmente um pacto eterno.
A perseverança doa crentes se origina da comunhão com Deus, atividade em favor de Deus, fé em Deus, e consciência do que nos aguarda no futuro (10.19-12.29). A cruz como altar cristão, e a ressurreição do grande pastor, são base da ação de Deus, Esses acontecimentos redentores e históricos impelem o crente à ação (13.1-25).
Epístola aos Hebreus (Comentarista Bíblia Genebra)

O estilo literário elevado de Hebreus e o enfoque especial no sumo sacerdócio de Cristo colocam-no à parte de outros livros do Novo Testamento. Sua contribuição particular à revelação de Jesus Cristo que há no Novo Testamento é a exposição do cumprimento por Jesus Cristo do santuário, sacrifícios e sacerdócios estabelecidos na lei de Moisés.
O autor refere-se à sua obra como uma “palavra de exortação” (13.22). Uma vez que a mesma expressão grega em Atos 13.15 refere-se a um discurso na sinagoga, o termo pode identificar esta “epístola” como um sermão expositivo em forma escrita. A carta aos Hebreus é adequadamente descrita como uma “palavra de exortação”, pois exortação ou encorajamento é o propósito central do livro (3.13; 6.18; 10.25; 12.5). O autor repetidamente chama seus leitores a uma ativa e corajosa resposta (4.11,14,16; 6.1; 10.19-25).
A exortação a preservar na peregrinação da fé é baseada na prova do autor de que o próprio Antigo Testamento testifica a respeito da imperfeição da aliança do Sinai e de seu sistema sacrificial, apontando, desse modo, para um novo sumo sacerdote – Jesus Cristo. Jesus é melhor que os mediadores, santuário e sacrifícios da velha ordem. Ele é digno de “maior glória” que Moisés (3.3). Os argumentos do menor ao maior (em 2.2-3; 9.13-14; 10.28-29; 12.25: “se não...quanto mais”) marcam uma maior graça e glória e uma maior responsabilidade, que agora chegaram na nova aliança mediada por Jesus. Diferente dos aspectos terrenos e externos do santuário do Antigo Testamento, Jesus nos santifica pela verdadeira adoração a Deus, para que nos aproximemos do próprio céu com consciência limpa. Ele é a garantia deste melhor vínculo de aliança porque nos liga inseparavelmente com o Deus da graça.
O Autor da Epístola aos Hebreus (Russel P. Shedd)
Segundo o Dr. Russell P. Shedd, não é dado o nome do autor desta epístola. Desde o primeiro século, a questão de quem escreveu o livro de Hebreus tem provocado muita discussão. As respostas dos primeiros cristãos variavam. Nas praias orientais do Mediterrâneo e ao redor de Alexandria, associava-se o livro com o apóstolo Paulo. Orígenes (185-254 d.C.) sentiu que os pensamentos do livro são de Paulo, mas que a linguagem e a dissertação são de outrem. No Norte da África, Tertuliano (155-255 d.C.) afirmava que Barnabé escreveu o livro aos Hebreus. Embora a epístola tivesse sido conhecida primeiramente em Roma e no Ocidente (1 Clemente, datada em cerca de 95 d.C., cita Hebreus frequentemente), a opinião unânime naquela área, por 200 anos, foi que Paulo não escrevera a epístola aos Hebreus. Aqueles primeiros cristãos não afirmavam coisa alguma sobre quem pensavam haver escrito. Simplesmente não sabiam dizê-lo.
Os crentes da atualidade não deveriam ser dogmáticos sobre uma questão que durante séculos tem sido incerta. Entretanto, os estudantes das Escrituras devem examinar pessoalmente a epístola aos Hebreus. Pois um estudo cuidadoso do texto grego, muito revela sobre o autor. O livro tem um estilo grego polido, como o de um retórico mestre. Isso não se assemelha aos escritos de Paulo. Paulo frequentemente dá início a uma nova corrente de pensamento antes de terminar aquele sobre o qual falava. O escritor da epístola aos Hebreus jamais faz isso. O vocabulário, as figuras de linguagem, e o modo de argumentar mostram uma influência alexandrina e filônica (Filo, 20 a.C. até 50 ou 60 d.C.). Paulo não tinha tal espécie de cultura. O escritor da epístola aos Hebreus cita o Antigo Testamento do modo diferente do de Paulo. As frases de Paulo – “como está escrito” (dezenove vezes), “está escrito” (dez vezes) “a Escritura diz” (seis vezes), “a Escritura proclama o evangelho de antemão” (uma vez) – jamais aparecem na epístola aos Hebreus, embora o escritor cite profundamente o Antigo Testamento.
Mas e não foi Paulo o escritor, quem foi então? Apolo cabe dentro da evidência encontrada no próprio livro. Ele veio de Alexandria. Era homem eloquente e erudito. Era homem poderoso nas Escrituras. Segundo narra as passagens no Novo Testamento: Atos 18.24-28; 19.1; ICoríntios 1.12; 3.4-6,22; Tito 3.13. Talvez nunca tenhamos certeza quanto ao nome do autor, mas se lermos cuidadosamente essa epístola, realmente poderemos conhecê-lo.
O Autor da Epístola aos Hebreus (Comentarista Bíblia Genebra)

O autor dos escritos de Hebreus era perito nos estilos literários grega e helenista, profundo conhecedor do Antigo Testamento (na tradução grega, a Septuaginta), sensível à história da redenção que culminou em Jesus, e pastoralmente interessados pelos leitores originais, que o conheciam pessoalmente (13.22-23) e cujos antecedentes ele conhecia (10.32-34). Como seus leitores chegou à fé não através de um contato direto com Jesus, mas através da pregação dos apóstolos (2.3-4). Além disso, tinha familiaridade com Timóteo (13.23).
Mas a epístola não traz seu nome, deixando um mistério atormentador. Na igreja Oriental, na época de Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) e de Orígenes (185-253 d.C.), a epístola foi atribuída a Paulo, embora ambos os teólogos reconhecem as diferenças estilísticas entre Hebreus e as cartas paulinas. No Ocidente Tertuliano (155-220d.C.) propôs Barnabé, um levita da dispersão judaica, que era notório por seu encorajamento a outros (Atos 4.36). Outras sugestões sobre o provável autor, nesse mesmo período histórico, eram Lucas e Clemente de Roma (95 d.C.). Do século V ao XVI, a autoria de Paulo era aceita no oriente e no Ocidente. Durante a reforma, Lutero propôs Apolo, um Judeu cristão de Alexandria que era eloquente na pregação e poderoso nas Escrituras (Atos 18.24). Sugestões do período moderno têm sugerido Priscila (exceto cf. 11.32, onde o autor refere-se a si mesmo com um particípio do gênero masculino), Epafras (Colossenses 1.7) e Silas (Atos 15.22,32,40; 1Pedro 5.12). Ainda que seja muito difícil eliminar muitos desses candidatos, é igualmente difícil encorajar um argumento convincente em favor de qualquer um deles. Do ponto de vista da tradição primitiva, Paulo tem maiores chances, mas, como Calvino observou, Hebreus difere de Paulo em estilo, método de ensino e inclusão do autor entre os discípulos dos apóstolos (2.3) – uma declaração estranha à reivindicação característica de Paulo de haver recebido sua nomeação e revelação do evangelho diretamente de Cristo (Gálatas 1.1,11-12). Se o autor não for Paulo (ou alguém como Lucas, cujos outros escritos nós temos), em qualquer caso, conhecer o nome do autor acrescentaria pouco à nossa compreensão da epístola.
Conclusão

Se tratando das considerações do Dr. Russel P. Shedd e do comentarista da bíblia Genebra. Chegamos a conclusão de que as cartas de João e o Evangelho de João foram escritos por ele mesmo.
Agora quanto a epístola aos Hebreus é especulativo tentar discernir quem foi o seu autor, pois existem várias possibilidades e sempre existiram. O mais importante de tudo, é entender que nada muda quanto a essência de seus escritos. E que nosso dever como bons pesquisadores da bíblia, é sempre buscar mais conhecimentos históricos para tentarmos chegar as nossas próprias conclusões. Para isso, temos que nos aprofundar nos escritos originais, pois somente assim poderemos ter maior compreensão.
Lembrando que, independente do “escritor”, cremos que o mesmo foi inspirado pelo Espírito Santo de Deus, e que nada muda a essência de Sua mensagem.
Bibliografia

Bíblia de Estudo Genebra. São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.
Bíblia Shedd/ editor responsável Russel P. Shedd; traduzida em Português por João Ferreira de Almeida. – 2. Ed. Ver. E atual. No Brasil. – São Paulo: Vida Nova; Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1997.

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