sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Uma catástrofe na Igreja



Quando Paulo chegou à cidade de Corinto, ele entrou numa das cidades mais famosas do seu tempo. Corinto era uma cidade de comércio, cultura, religião e vício, uma cidade que retrata em miniatura a civilização da qual pertencemos.
As Epístolas aos Coríntios são os mais relevantes livros do Novo testamento para a instrução das Igrejas do nosso século. Palavras tão significativas para nossos dias, que não podem jamais passar despercebidas.
Além da cidade de Corinto se parecer tragicamente com a nossa civilização hoje, a Igreja parecia mesmo é com a maioria das denominações eclesiásticas existentes. Jesus disse que a Igreja deveria ser “sal” e a “luz” deste mundo, sal que impede a deteriorização e luz que desfaz as trevas (Mateus 5:13-16)
A Igreja de Corinto deveria ser realmente um exemplo a ser seguido, mas, infelizmente se deixou ser envolvida pelo mal existente no coração do homem. No caso dessa Igreja o “sal” tornou-se insípido e a luz deixou de resplandecer!
Paulo chegou a esta cidade cerca de cem anos depois que Júlio César restaurou a cidade das cinzas da destruição. A nova cidade experimentara crescimento e prosperidade fenomenais. Era a capital da província de Acaia.
Situada numa estreita faixa de terra entre dois portos, Cencréia a leste e Lecaiom a oeste, Corinto recebia viajantes e o comércio de várias partes do mundo. O resultado foi uma cidade para a qual afluíam riquezas. Quando Paulo falou de “ouro, prata e pedras preciosas” no capítulo três, usou uma ilustração familiar aos coríntios.
Os primeiros contatos que o apóstolo fez foram com um casal, Áquila e Priscila, vitimas de uma expulsão de judeus em Roma sob o governo de Cláudio César. Sendo eles, tal como Paulo, fabricantes de tendas, passou a morar com eles. Logo Silas e Timóteo, que estiveram na Macedônia, juntaram-se ao grupo.
A primeira carta de Paulo aos coríntios é uma carta de ira, sátira, reprovação, correção e instrução. Foi dirigida a uma congregação que fora estabelecida sobre o melhor dos fundamentos e tivera a melhor das doutrinas e exemplo. Mas a Igreja de Corinto fracassou! Em vez de vitória, houve tragédia! Em vez de testemunho houve desonra (1Coríntios 5:1).
Em 1 Coríntios 14:23 o espírito Santo através do apóstolo Paulo disse: “Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão por ventura que estais loucos?”.
A Igreja de Corinto era uma Igreja carismática. “Não vos falte nenhum dom” (1Coríntios 1:7). Paulo escreve inspirado pelo Espírito Santo, três capítulos tentando corrigi-los neste assunto, capítulos 12, 12 e 14.
Aquela era uma igreja imatura e carnal, por isso advertida: “Eu porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais; e, sim, como a carnais, como a crianças em Cristo” (1 Coríntios 3:1). O apóstolo se refere a isso novamente no capítulo treze e versículo onze, no capítulo quatorze e versículo vinte e nas palavras finais do capítulo dezesseis e versículo treze.
A igreja de Corinto tolerava a imoralidade no seu meio. Paulo ficou perturbado quando ficou sabendo que um membro da igreja vivia imoralmente com sua madrasta, uma atitude que até os pagãos imorais condenavam “como nem mesmo entre os gentios” (1Corintios 5:1). Alguns deles estavam envolvidos com prostitutas (1Corintios 6:15-18).
A heresia estava se infiltrando na igreja. A doutrina da ressurreição estava sendo posta em dúvida por alguns da congregação (1Corintios 15:12). E, 2Corintios Paulo lamenta que eles já não sejam mais a “virgem pura” que fora desposada por Cristo (2Corintios 11:3).
Paulo tratou o problema da imaturidade com três analogias. Um edifício, uma luta e um corpo. A analogia do edifício está no capítulo três, e o apóstolo diz que “um edifício inacabado é uma coisa desagradável à vista – terminem o que eu comecei e prestem atenção como edificam”. O quadro da luta está no capítulo nove e foi extraído das lutas brutais dos jogos Ístimicos existentes em Corinto. Paulo diz: “uma luta inacabada é um desperdício e um prejuízo – prossigam até obter o prêmio”. A analogia do corpo é o tema do capítulo doze. Aqui Paulo diz mais ou menos assim: “um corpo que não funciona é uma tragédia e um corpo não-cooperativo é um suicídio. Parem de despedaçar o corpo em seu desejo egoísta e infantil pelos dons espalhafatosos”.
A esta altura torna-se importante que compreendamos o que a imaturidade espiritual não é. Não é a falta de dons espirituais. Os coríntios tinham dons (1Corintios 1:7). A coisa interessante é que imediatamente após reconhecer a presença da carismata entre eles, o apóstolo trata da divisão no meio deles. (1Corintios 1:10). Dons espirituais e espiritualidade não são sinônimos!!!
A imaturidade não é falta de bom doutrinamento. Os coríntios tiveram o melhor dos doutrinamentos. Paulo disse que lhes dera a “sabedoria de Deus” (1Corintios 2:7), palavras dadas pelo Espírito Santo (1Corintios 2:12-13).
Assim os coríntios tinham dons, foram bem doutrinados na Palavra e tinham o melhor ensino por parte do apóstolo Paulo! No entanto, eram carnais e imaturos. Quais são os sintomas da imaturidade na igreja?
Um sintoma é o egoísmo. Criancinhas são normalmente egoístas! Esses coríntios estavam processando uns aos outros nos tribunais porque se julgavam defraudados. Abusavam de sua liberdade cristã sem considerar o que tal abuso poderia fazer aos outros (1Corintios 8:9-13).
O segundo sintoma da imaturidade espiritual é a divisão. Os coríntios estavam divididos entre si por causa de certas personalidades. Havia o grupo de Paulo, o partido de Apolo o partido de Pedro e o partido de Cristo (1Corintios 1:12).
O terceiro sintoma de imaturidade em Corinto era o criticismo (relacionamento que procura determinar os limites da razão humana). Essa gente desprezava a Paulo, achando que já o tinham ultrapassado e que, espiritualmente falando, se encontravam a sua frente. Paulo escreve: “...a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós...” (1Corintios 4:3). No versículo oito da mesma passagem Paulo usa a sátira mordaz: “Já estais fartos, já estais ricos; chegastes a reinar sem nós; sim, oxalá reinásseis...”
O quarto sintoma do desenvolvimento espiritual impedido foi a tolerância do mal dentro da igreja de Corinto. Aquilo que antes lhes causavam repulsa, agora já não causava mais. Os coríntios criam que tinham alcançado uma estatura espiritual evidenciada pela presença dos dons espirituais (principalmente línguas), que os colocava, na sua própria opinião, acima das outras igrejas e de Paulo.
O apóstolo inspirado pelo espírito Santo de Deus pretende corrigir agora esta igreja no setor das coisas espirituais, tal como estivera corrigindo as carnalidades nos onze primeiros capítulos. Estamos agora à raiz dos problemas desta igreja, sua falta de verdadeira espiritualidade evidenciada por sua preocupação com a questão carismática.
Os versículos de um a três são fundamentais: “Não quero que sejais ignorantes”. Sua ignorância foi a respeito do propósito dos dons e não a sua posse. Eles possuíam dons (1Corintios 1:7).“Quando éreis gentios, deixáveis conduzir-vos éreis guiados” (1Corintios 12:2).
Que declaração interessante, descreve crentes descontrolados. Os historiadores das religiões misteriosas da Grécia descrevem devotos arrebatados pela histeria emocional, tremendo e caindo prostrados no solo, balbuciando línguas extáticas! Platão registra tais cenas. Agora Paulo inspirado pelo Espírito Santo diz: Isto acontecia quando vocês eram idólatras, mais não deve mais acontecer! “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” (1Corintios 14:32).
Hoje se vê muita ênfase no que diz respeito aos dons do Espírito, se dizendo espirituais. Mas, como vemos espiritualidade e dons não são sinônimos!
Jesus disse que o Espírito Santo não falaria de Si mesmo, nem Se anunciaria, mas sempre falaria do Senhor Jesus (João 16:7,13-14). Em outras palavras, qualquer movimento, mestre ou doutrina que exalta o Espírito Santo não é do Espírito santo! O Espírito Santo de Deus sempre exalta Cristo Jesus nosso Senhor.
A carta do apóstolo Paulo aos coríntios vem para esclarecer que os verdadeiros dons espirituais usados de acordo com os desígnios divinos reúnem os cristãos, não os separam!
Quando chegamos ao versículo sete, defrontamo-nos com uma verdade tão oposta a muito do que se ensina hoje em dia, que chega a ser elétrica! “A manifestação do Espírito é concedida a cada um”. Compare isso com os versículos 11, 18 e 28 e surge uma verdade excitante; cada cristão possui o seu dom ou dons! Eles são soberanamente concedidos e foram recebidos quando aceitamos a Jesus como nosso único e suficiente Salvador e fazemos parte do corpo de Cristo (1Corintios 12:12-13).
Em seu egoísmo os coríntios estavam a procura de dons espalhafatosos, chamativos e auto-edificantes, quando Deus já lhes concedera os dons que Ele queria que tivessem. Nenhum cristão precisa orar e implorar, jejuar e chorar, ou fazer qualquer outra coisa para receber os seus dons. Eles já foram dados! Ele tem a responsabilidade de descobrir, desenvolver e usar esses dons.
A bíblia diz que há vários tipos de dons ( ) Mas o que observamos é que ninguém começa um “movimento auxiliador” ou um “movimento de contribuição” ou um “movimento de misericórdia”. No entanto os de “línguas” e “cura”, estão sempre em evidência, principalmente nas igrejas intituladas pentecostais. Será que ninguém se sente abençoado sendo auxiliador ou misericordioso? O dom de língua tem que estar em evidência?
Paulo terminou o capítulo doze de Primeira Coríntios fazendo seus leitores se lembrarem de que nem todos possuíam os mesmos dons (1Corintios 12:29-30). Antes ele disse que Deus deu os dons àquelas pessoas que Ele escolheu para tê-los. A recepção de um dom espiritual não é o resultado da oração, do jejum, de lágrimas ou sacrifícios da parte do recipiente, mas, um dom de graça, para o bem do corpo de Cristo, e é recebido na conversão, fazendo parte do Corpo de Cristo pelo batismo (1Coríntios 12:12-13,18, 28-30).
O apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito escreveu deixando claro que convinha aos coríntios “procurar com zelo os melhores dons” (1Corintios 12:31). Mostrando a todos o “caminho sobremodo excelente” (1 Corintios 13 e 14).
Os coríntios estavam orgulhosos dos seus dons. Eles sim eram os “espirituais” e encaravam com pena e desdém àqueles que não tinham recebido o “batismo” como sinal inicial do falar em línguas. Paulo os fez lembrar que o fruto da vida controlada pelo Espírito Santo não cede lugar para o orgulho ou auto-edificação. O amor não se comporta “inconvenientemente”, nunca se torna indecente nem fica sem controle.
“O amor nunca acaba; mas havendo profecias, desaparecerão”. O verbo aqui é transitivo, exigindo uma influência externa para completar o sentido.
“havendo línguas, cessarão”. Aqui o verbo é intransitivo, não exigindo nenhuma influência externa para completar o sentido. As línguas cessarão por si mesmas. “...havendo ciência passará”. Este é transitivo novamente, exigindo aquela influência externa como no caso das profecias.
Paulo não junta como crêem alguns, a profecia, as línguas e a ciência, ao dizer que cessarão. Geralmente se ouve dizer: “Se as línguas cessaram, então a ciência também deve ter cessado. Sabemos que a ciência continua aqui, portanto as línguas também devem permanecer aqui”. Tais declarações comprovam ignorância daquilo que o apóstolo Paulo disse. Longe de juntar as línguas, a profecia e a ciência, ele separa as línguas usando verbos transitivo e intransitivo. Além disso, até a voz é outra. A declaração sobre a profecia e a ciência estão ambas na voz passiva enquanto que a declaração relativa às línguas está na voz média.
Mas existe uma pergunta que não se cala. Quando cessou o dom de línguas? O apóstolo guarda sua resposta final para o versículo vinte e dois do capítulo quatorze:
“De sorte que as línguas constituem um sinal, não para os crentes, mas para os incrédulos; mas a profecia não é para os incrédulos, e, sim, para os que crêem”. (1Corintios 14:22).
“...as línguas constituem um sinal...” Um sinal para quem? São um sinal para confirmação do “batismo do Espírito Santo” dos cristão? Não! Não para os crentes, mas para os incrédulos. Quem são os incrédulos? A resposta está no versículo vinte e um.
“Na lei está escrito: Falarei a este povo por homens de outras línguas e por lábios de outros povos, e nem assim me ouvirão, diz o Senhor” (1Corintios 14:21).
O “de sorte que” no começo do versículo vinte e dois liga-o ao versículo vinte e um e nesse versículo Paulo cita Isaías 28:11-12. A mensagem do juízo divino para a nação de Israel.
Deus queria Israel obediente e sempre dependente dEle! Mas, o povo rebelde sempre achava um jeito de se afastar de Deus. Através de Isaías veio esta advertência, prevendo a invasão da Assíria e resultando no cativeiro de Israel. A profecia se realizou setecentos e oitenta e quatro anos antes de Paulo escrever aos Coríntios. Novamente Deus estava se preparando para julgar Israel. Jesus advertiu: “quando porém virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabeis que está próxima a sua devastação...Cairão ao fio da espada e serão levados cativos para todas as nações; e...Jerusalém será pisada por eles (os gentios)” (Lucas 21:20 e24). Novamente o sinal do juízo estava sendo ouvido: “falarei a este povo (Israel) por homens de outras línguas”.
Um rápido exame dos três exemplos em Atos onde se falaram em línguas, revelará que em todos os três havia judeus presente! (Atos 2; 10, veja versículo 45; 19 veja 18:28). Isso explica os dois grupos de incrédulos em Corinto: o incrédulo instruído (judeus), do versículos vinte e dois, que conhecia as profecias e reconhecia o sinal do juízo iminente quando ouvia a Igreja primitiva falando em línguas (bíblicas); e o incrédulo não instruído, um pagão de Corinto sem nenhum conhecimento prévio da Palavra de Deus, que, ouvindo este fenômeno (nada entendendo seu significado) pensava que os cristãos estavam loucos (1Corintios 14:22-23).
“O amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece...não procura os seu interesses...” (1Corintios 13:4-5). Compare essas declarações do padrão espiritual com “quem fala em outra língua, não fala a homens, se não a Deus, visto que ninguém o entende” (1Corintios 14:2). Jamais foi a intenção divina que se lhe dirigisse numa língua incompreensível ao que fala! Passe os olhos pelas Epístolas e examine cada referência feita à oração. Leia o que Jesus disse sobre o mesmo assunto e você não encontrará nenhuma declaração, intimação ou ordem que surgira a oração em línguas! Só os coríntios carnais foram mencionados fazendo isso. Paulo disse: “Porque se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas minha mente fica infrutífera. Que farei pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente...” (1Corintios 14:14-15).
O Espírito Santo de Deus inspira profecias (hoje a pregação da Palavra) que edificam, exorta e conforta todo o corpo de Cristo, e que pode ser entendida por todos.
Mas o que dizer dos exemplos quando judeus estavam presentes no culto? As línguas eram permitidas, mas não mais de três pessoas deviam exercer o dom (1Corintios 14:27). Além disso, considerando que incrédulos não instruídos também poderiam estar presentes, pessoas cujos antecedentes não lhes garantiam uma compreensão como a que os judeus possuíam, as línguas deveriam ser interpretadas para que todos os presentes, judeus e pagãos, as entendessem(1Co14:28). A confusão jamais vem de Deus! (1Corintios 14:33)
Histeria, confusão, falas misteriosas e comportamento inconveniente e egoísta, tudo isso estava presente nessa carismática Igreja de Corinto. Nada disso está presente quando o fruto do Espírito Santo de Deus está no controle!
A auto-edificação dá o lugar para o bem comum o amor predomina e a atenção é voltada somente para O cabeça do corpo Jesus Cristo nosso Senhor.
A Igreja primitiva falava em línguas (Igreja de Corinto) que eram reconhecidas pelos outros, caso contrário a advertência a Israel não teria nenhum efeito. Nenhum judeu teria considerado um balbuciar extático como cumprimento da profecia de Isaías 5. Esta passagem não fala de línguas angelicais? Quando o apóstolo Paulo diz: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos...” (1Corintios 13:1), Não estava dizendo que ele usava esta língua (angelical), essas línguas são gramaticalmente de uma só classe, são apenas hipotéticas (ean – “se”), e sempre quando usada pela pessoa a quem se dirigiam. Longe de promover uma “linguagem celestial”, este versículo sustente o padrão bíblico de fala compreensível.
Em pentecoste a descida do Espírito Santo representa uma nova ação dEle com o povo de Deus. Pois Ele agia de maneira menos expressiva antes. Notem que Apolo (Atos 18:25) era “fervoroso de espírito” mas conhecia somente o batismo de João, ou seja ele não precisava do Espírito Santo para ser "fervoroso"; Priscila e Áquila instruíram ele (v26) sobre “no caminho de Deus”. Qual é o “caminho de Deus”? (Jo 14:6) “Eu sou o caminho...”, esse casal ensinaram Apolo a seguir "o caminho" (Jesus Cristo). Em Pentecostes eles receberam uma nova capacitação (para uma melhor compreensão do povo), embora fosse a segunda experiência, receberam ali “poder” (At 1:8) para "ser testemunhas". O resultado da obra do Espírito Santo em Pentecostes está em (At 2:14) onde Pedro começou a pregar, (v37-41) houve acréscimo de três mil convertidos, finalizando com os (VS 46-47).E para uma melhor compreensão, basta verificar o texto de Atos que veremos que os apóstolos falavam e o povo entendia cada uma em sua língua materna. Muito diferente do que estamos vendo hoje!
No meio pentecostal se usa muito o ser “cheio do Espírito Santo” mas “ser cheio” não se limita em dom de línguas, como assim alguns dizem. Edificar a igreja é a única motivação legitima para exercer os dons (1Co 14:12-13). Notem que Paulo recusava-se empregar o dom de língua (1Co 14:18-19). Jesus “cheio do E.S. (Lc 4:1-13) venceu as investidas de Satanás com a Palavra, não "expulsou" nem "amarrou", como temos visto muito por ai. Outro resultado da obra do Espírito Santo foi a pregação poderosa (At 4:31) “todos ficaram cheios, e com intrepidez, anunciavam a Palavra”. Não foi alguns, todos ficaram cheios!Hoje tem se colocado grupos, os que “tem o Espírito” e os que não têm. Isso gera divisão! Por isso Paulo exorta o povo que precisou passar esta experiência para “Procurar com zelo os melhores dons” (Coríntios 12:31).Não se trata de subestimar a ação de Deus, não, o caso é que não é mais necessária a manifestação desses dons, até mesmo porque Jesus Cristo nos deu exemplo e pediu para que façamos o mesmo sendo humildes (João 13:15). E nos deixou um grande mandamento “E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas 10:27).
Espero no Senhor que as Igrejas busquem usar o maior dom de todos o AMOR, para um bem comum que é edificar o corpo; tenho certeza que usando-o estaremos muito mais dentro dos princípios bíblicos, ou seja, dentro do padrão deixado por Deus!
“No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” (Romanos 12:11)
Fiquem com Jesus.
Referência bibliográfica: A Catástrofe Corintiana; Jorge E. Gardiner - Imprensa Batista Regular
O Espírito Santo; Quem é, e Como Opera - H.L. Heijkoop - DLC
Bíblia de Estudo Shedd
Bíblia de Estudo Genebra
Bíblia de Jerusalém
Bíblia Alfalit
Bíblia Anotada Expandida - Charles C. Ryrie

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Israel



Israel está localizado no Oriente Médio, às margens do Mar Mediterrâneo, entre o Líbano e o Egito. A área total do país é um pouco menor que a área do Sergipe. O território israelense é caracterizado por desertos ao sul, planícies costeiras a oeste, uma região central montanhosa e o vale do Rio Jordão.
A língua e a literatura hebraicas mantêm posição única no curso da civilização ocidental. Emergiu depois de 1.500 a.C. na região da Palestina, ao longo do Mediterrâneo. Os judeus têm usado o hebraico continuamente em um ou outro lugar até os dias atuais. Dentro do contexto histórico da civilização, o povo de Israel atravessou diversos momentos difíceis em sua trajetória histórica como os exílios Egípcio, Babilônico e Assírio e ao longo de sua história pós-exílica que, fez com que o hebraico, quase deixasse de ser falado passando a ser falado pelo povo, o aramaico. Contudo, esse povo fiel as promessas feitas aos seus antepassados, guardaram a fé em JHWH (Deus) e jamais deixaram que o hebraico caísse em total extinção. É um idioma de uma família de línguas Afro-Asiáticas que contém 22 consoantes e escreve-se da direita para a esquerda. Sua forma quadrática foi um empréstimo do aramaico que também foi utilizado no dia-a-dia do povo hebreu.
Esse povo em primeiro lugar é um só povo. Não uma religião onde cada um se decide individualmente, mas um povo que Deus se decidiu por eles. Pois como descendentes de Abraão, Isaque e Jacó foram escolhidos por Deus, sendo, portanto um só povo por descendência. O fato dos escolhidos adorarem o Deus que os escolheu, a JHWH, é apenas uma conseqüência dessa eleição divina. Nos quase 2.000 anos de diáspora (dispersão) entre todos os povos, os judeus continuaram isolados como um povo e sobreviveram a todas as ondas de perseguição. Assim Deus preservou os judeus como um povo, os religiosos e os não-religiosos até os dias de hoje. O Estado de Israel é, portanto, a continuação do povo bíblico. Outras religiões se modificaram, reformas e contra-reformas adaptaram as religiões ao espírito de cada época. Com o judaísmo não é assim. A religião judaica se ateve teimosamente aos preceitos da Bíblia. Nem o hebraico bíblico podia ser revisado, para se ter a garantia de que as normas e mandamentos religiosos oriundos da Bíblia, as orações, festas e rituais se mantivessem inalterados. Do sábado não se fez o domingo, os dias continuam a começar pelo anoitecer, a direção para se orar continua sendo Jerusalém. A circuncisão, o xale de oração, a trombeta de chifres tocada nas festas e os rolos da Torá escritos à mão continuam sendo os mesmos como nos tempos bíblicos, característica marcante deste povo.