terça-feira, 9 de agosto de 2011

Espiritualidade e Ciência

Baseando nosso argumento na co-relação espiritualidade e ciência podemos verificar que ambas estão co-religadas.

Estamos vivendo uma época que muitos questionam na co-relação existencial da espiritualidade e ciência. Podemos ver isso ao longo dos anos a discussão travada entre ciência e religião.
Esta visão deturpada de que ambas estão de lados opostos, ou não podem co-existir, se dá pela razão alienada a fatos que muitos cientistas defendem. Mas, podemos em pleno século XXI vivenciar uma reviravolta na visão científica, afirmamos isso quando lemos frases do tipo:

“Explorar uma trilha rumo a uma integração sóbria e intelectualmente honesta”, seja da perspectiva científica quanto da religiosa” e, argumenta que “a crença em Deus pode ser uma opção completamente racional e que os princípios da fé são, na verdade, complentares aos da ciência”. (Francis S. Collins,)

Collins é o Diretor do Projeto Genoma Humano, assume ser cristão convertido e que acaba de lançar nos EUA a obra The Language of God: a scientist Presents evidence for belief, que está traduzida para o português no Brasil, com o título: A linguagem de Deus: um cientista apresenta evidências de que Ele existe.
O que entendemos aqui é que para se usufruir da ciência no âmbito da saúde não necessariamente é preciso banir a espiritualidade que está relacionada à fé de cada pessoa, a fé é uma forte aliada onde uma razão alienada a fatos não pode dar uma resposta.  Assim podemos afirmar como Collins:

“Em minha opinião, não há conflito entre ser um cientista que age com severidade e uma pessoa que crê num deus que tem interesse pessoal em cada um de nós. O domínio da ciência está em explorar a natureza. O domínio de Deus encontra-se no mundo espiritual, um campo que não é possível esquadrinhar com os instrumentos e a linguagem da ciência; deve ser examinado com o coração, com a mente e com a alma – e a mente deve encontrar uma forma de abraçar ambos os campos” (Collins, 2007, p. 14).

Ao ser perguntado sobre o papel da espiritualidade e oração em relação à saúde responde:

“A espiritualidade tem um papel essencial. Mas existe espiritualidade saudável e não saudável. Se a oração produz um estado de calma, amor e senso de pertença, isso tem uma correlação física positiva em relação à saúde. Mas se a espiritualidade é moralista, não é necessariamente saudável. Existem técnicas que foram desenvolvidas que são positivas. Por exemplo, Inácio de Loyola fala de concentrar-se em gratidão na oração. Expressar gratidão pelo mundo como ele é, produz um estado físico e mental positivo, independentemente de ser um religioso ou secular. No livro de Victor Frankl “Man´s Search for Meaning” (O Homem em busca de sentido) Frankl apresenta uma mulher que está morrendo num campo de concentração. Ela pode ver folhas numa árvore através da pequena janela do seu quarto. Vendo vida, não necessariamente Deus, mas natureza, lhe traz conforto.” (Newsweek, p. 46, entrevista concedida a Ginny Power em Paris. Cf. também David Servan-Schreiber, 2004, p. 177- 192)

Enfim, podemos afirmar que a discussão entre espiritualidade e ciência não vai cessar tão cedo, acreditamos que seja apenas o início de uma discussão que ainda se travará por um longo período.
A busca de entendimento científico para o que a razão não pode definir prossegue nos mais diversos laboratórios sofisticados da neurobiologia que buscam “explorar Deus”, dentro de uma razão alienada a fatos.
O que precisamos entender é que: “A ciência sem religião é incompleta, a religião sem ciência é cega” (Albert Einstein).
Que possamos crer na ciência dentro de um parâmetro espiritual maduro para que possamos viver as maravilhas da vida de maneira melhor.

Fiquem com Jesus.


Nenhum comentário:

Postar um comentário